quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Capitulo 3 - A ponte

O jeito vai ter que passar pelo portão de entrada mesmo e tentar pegar algum carro na rua e ainda passar pelos 8 infectados que estão lá. Quando estava indo em direção à portaria, comecei a ouvir um barulho de motor ao longe, pensei em sair correndo e pedir ajuda uma carona, mas ao me virar pra entrar na portaria, eu percebi que tinham uns 4 infectados perambulando lá e se eu chegasse atirando, eu ia atrair os que estavam na escada e mesmo assim, e se a pessoa se negasse a parar? Não poderia correr esse risco. Droga. Mas pensando bem, esse carro vai me ajudar, por que ele vai limpar a rua, pois os infectados irão tentar correr atrás dele e se eu for rápido, talvez eu consiga passar por eles antes dos que estão na escada descerem. Sim, preciso tentar.

Segundos depois o carro passou rasgando, mas precisou fazer uma freada brusca para desviar de algo, chamando assim a atenção dos que estavam na portaria e dos que estavam na rua. Quando o motorista retomou a direção e saiu cantando pneu, foi a minha vez de agir. Saquei a arma e fui pra cima deles. Dei o primeiro tiro, pegou no ombro de um deles, pronto, já tinha a atenção toda pra mim, agora era só não errar. O que eu dei o tiro foi o primeiro a avançar, mas andou pouco, pois dei um tiro bem no meio da testa, fazendo-o capotar no chão. Os outros 3 vieram quase que juntos, mirei no da esquerda e acertei de primeira na cabeça, mirei no do meio e me desconcentrei pois eles gritavam feito animais e ficavam gemendo e rosnando e acabei acertando no peito dele e ele caiu agachado no chão, o da direita estava muito perto e então dei um tiro em sua perna e ele caiu no chão, enquanto isso o outro levantou e veio pra cima, ele veio tão rápido que quase me mordeu, por sorte eu me joguei pro lado e segurei ele pelo peito, ele gritava e babava em mim, precisava ser rápido antes que os outros descessem. Não deu outra, foi 1só falar isso que já comecei a ouvir os gemidos vindos da escada. Precisava agir rápido, o empurrei e coloquei a arma na sua boca e atirei, ele caiu no chão e enquanto isso o outro tentava levantar, mas em vão, pois com ele ainda no chão eu fiz um belo buraco na sua cabeça. Nesse instante eu ouvi o barulho do portão da escada sendo escancarado, por ser de alumínio fazia muito barulho, corri e consegui abrir a porta na hora que um deles segurou meu braço, mas na hora que eu saí eu não conseguir fechar a porta, pois um deles estava me segurando enquanto os outros berravam atrás dele. Coloquei então o cano da arma pra dentro e atirei umas 4 vezes até que ele me soltou e eu pude fechar o portão, ouvindo os gemidos de ódio vindo lá de dentro.  A rua estava aparentemente limpa, agora era só achar um carro com a chave dentro. Só achar um carro com a chave dentro, acho que preciso ser menos otimista, por que é o mesmo que pedir para achar um sorvete abandonado no deserto, ou uma mulher hetero em uma balada gay. Comecei a andar em sentido se estivesse descendo a rua, olhando todos os carros parados para ver se tinham a chave, não sabia fazer ligação direta e nunca fez sentido eu aprender, até agora.  Dei mais alguns passos e quase tive um orgasmo ao ver uma garagem aberta, seriam múltiplos se achasse algum carro lá.

Entrei na garagem, tinham 2 infectados lá, atirei em um deles bem na cabeça e ele caiu, logo assim o outro notou minha presença e já veio gritando pra cima de mim, mas acertei outro tiro nele, outro no cabeça, acabando assim com o meu 1º pente de balas. Rapidamente eu já tirei o vazio e coloquei um cheio, já esperando alguma surpresa, mas felizmente estava sozinho. Vasculhei alguns carros e vi algo que chamou minha atenção, um carro aberto com uma pessoa sentada no banco, quer dizer, meia pessoa sentada no banco, pois o resto estava comido. Eu o reconheci, era um cara que sempre estava na padaria quando eu ia comprar pão de manhã, mas nunca conversamos e agora se eu tiver sorte, o carro dele será meu. Fui em sua direção e com um certo nojo o tirei do banco, que estava sujo de sangue. Sim, a chave estava lá, parece que ele estava indo ligar o carro pra sair, mas foi surpreendido pelos meus 2 amigos que eu matei quando entrei. Ia procurar um pano para pelo menos limpar o banco, mas ouvi uns gemidos vindos da rua e não pensei duas vezes, joguei a mochila no banco do carona, fechei a porta, liguei o carro e sai de lá arrancando, na rua atropelei um infectado que perambulava por lá e fui em direção à ponte, era só atravessar a ponte e ir para o quartel, acho que não vou nem precisar passar na delegacia. É, isso vai ser mais fácil que eu pensei.

O BOCA MALDITA. Deveria ficar quieto e falar menos.  Não se dava para passar pela ponte, tinham algumas dezenas de carros parados lá e para dificultar mais, na pista tinham muitos infectados, mais do que eu poderia contar. Eu poderia atravessar a nado, mas o Rio Paraíba do Sul é inavegável, quem dirá a nado então, seria suicídio. Se eu fosse pela pista, seria morto por eles, não tenho nem munição pra tanto infectado.  Se fosse pela parte referente aos perdestes, corria um grande risco de ser visto e se eles vierem pra cima de mim, posso acabar caindo. O que eu faço agora Meu Deus? Olhei para cima buscando alguma possível resposta divina e acabei me ligando que a ponte inteira e formada por arcos e se eu fosse por cima, seria quase impossível de eles me verem, e no caso eu só desceria para trocar de arco. Mais uma vez eu tenho uma chance e não posso desperdiçar. Então desliguei o motor, não queria chamar a atenção deles, meu plano seria passar despercebivel por eles. Peguei a mochila, abri a porta bem devagar e fui para a ponte, comecei a subir o primeiro arco e um infectado apareceu andando, eu me agachei, ele pareceu não ter me visto, pensei em pular nele e o jogar no rio, mas ele poderia começar a gritar e chamar a atenção para nós.  Quando ele notou minha presença, eu puxei a faca e fui de baixo pra cima, do queixo até a cabeça, desse jeito ele não pode gritar e caiu morto, sem eu chamar a atenção. A ponte era composta por 5 arcos e eu estava na metade do 1º. Só havia passado pelos arcos duas vezes, e nas duas eu era jovem e estava bêbado, se eu conseguir passar por eles bêbado, acho que eu não vou ter dificuldade de passar por eles com um bando de monstros andando lá em baixo, querendo um pedaço de mim. Consegui atravessar o 1º arco e corri para o segundo, atravessei esse também sem problemas nenhum. Mas quando eu cheguei no inicio do terceiro, eu acabei pisando em uma lâmpada que fazia parta da iluminação da ponte, trazendo assim a atenção de alguns para mim, sem pensar duas vezes eu corri para cima do arco enquanto eles vinham na minha direção tentando subir nos arcos também.  Por sorte eles eram muito burros e eu tive uma leve vantagem. Corri e conseguir pular para o 4º arco, mas ainda tinham infectados atrás de mim, e logo todos aqueles que estavam lá iriam me ver também.  Olhei para a rua procurando achar alguma coisa que me ajudasse e eu vi próxima a um carro uma poça com um liquido que saia dele. Se for algum vazamento de gasolina, eu posso fazer uma grande explosão e desviar a atenção para mim, se contar que eu explodiria alguns carros e com isso alguns deles iriam para os ares com eles, mas com isso, muitos infectados vão vir para cá e a rua ficará ainda mais livre para mim. Mas precisava pensar em um jeito de me proteger da explosão, se não eu poderia ser arremessado para longe e não queria isso. Talvez se eu chegar ao ultimo arco eu consigo uma boa mira e atirar naquela poça e também, a essa altura a correnteza do rio não deve ser tão forte e eu posso conseguir chegar a margem e depois subir pelo muro de proteção e seguir meu caminho.

Fui até a metade do arco mais ou menos, nesse tempo mais infectados tinham notado minha presença graças aos que estavam atrás de mim berrando. Peguei a arma e dei o primeiro tiro, errei, passou longe, deve ser pela altura ou o nervosismo.  Dei o segundo tiro, bem no meio do tanque de gasolina, me senti como se estivesse no GTA, a primeira explosão foi grande, mas as que vieram depois, referente aos outros carros foram maiores, uma mistura de peças de carros, fogo e sangue se fez no ar. Até que um carro em baixo de onde eu estava explodiu, me jogando para longe, caindo no rio. A queda foi tão forte que eu fui para um lado e minha arma foi para o outro, a correnteza me jogou em cima de uma pedra, eu bati a cabeça com força e só lembro de ter chegado com dificuldade a margem. Depois disso simplesmente apaguei.  

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